A investida do Irã contra Israel, confirmada recentemente, tende a gerar repercussões imediatas nos mercados globais. O economista André Perfeito destaca que, no curto prazo, podemos esperar uma alta na cotação do petróleo e uma valorização do dólar como consequência direta desse conflito. Essa escalada de tensões tem potencial para limitar os cortes de juros nos Estados Unidos e no Brasil, refletindo em ajustes nas políticas monetárias desses países.
Possíveis Cenários
Perfeito alerta para a possibilidade de uma escalada do conflito na região, o que poderia intensificar os efeitos sobre os mercados financeiros. Uma forte alta no preço do petróleo é esperada, o que impactaria diretamente a política monetária dos Estados Unidos, desencorajando cortes de juros. Com isso, o dólar se fortaleceria frente a outras moedas. Esse cenário, por sua vez, limitaria a margem de manobra do Banco Central brasileiro para reduzir a taxa Selic, afetando a economia nacional.
Perspectivas a Médio Prazo
Apesar do cenário caótico no curto prazo, Perfeito ressalta que o Brasil, como exportador líquido de petróleo, pode se beneficiar no médio prazo com a valorização das commodities em tempos de guerra. Contudo, ele enfatiza que o país está relativamente distante do conflito, tanto geograficamente quanto politicamente, o que limita os impactos imediatos. O economista alerta para a incerteza quanto à possível entrada de outros países no conflito, indicando um possível “acerto de contas” global no horizonte.